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A incidência crescente da inflamação gastrintestinal provocada pelo uso de medicamentos, agentes químicos, infecciosos e fatores genéticos representa sério problema de saúde pública, pois tendem a ser progressivas, gerando repercussões importantes na qualidade de vida de seus portadores como alterações no âmbito social, psicológico e profissional. Todas essas condições estão associadas a quadros dolorosos, como a dor visceral, responsáveis pela elevada procura dos serviços de saúde. De acordo com DATASUS gastrites, duodenites e pancreatites lideram as estatísticas de internações hospitalares no Nordeste, levando a gastos em torno de 7,8 milhões de reais. A etiologia dessas doenças ainda permanece desconhecida, porém fatores genéticos e ambientais, como dieta, tabagismo e uso de medicamentos, parecem estar associados. Apesar da baixa mortalidade, as doenças gastrintestinais são de difícil tratamento e sua cronicidade leva ao desenvolvimento de neoplasias. Outro fator agravante é a escassez de estudos e a divulgação desses, que levam ao atraso no diagnóstico e aumento da morbidade. Assim, a iniciativa de propor o I SIMPÓSIO NACIONAL EM INFLAMAÇÃO GASTRINTESTINAL é discutir com grandes pesquisadores os avanços nessa temática integrando os vários segmentos buscando soluções que vão desde a bancada até a beira do leito. Estamos propondo o evento no Nordeste buscando com isso diminuir cada vez mais as assimetrias no que se refere aos avanços e investimentos em pesquisa no Brasil.

O Simpósio tem como objetivo geral expandir os conhecimentos relacionados à fisiopatologia das doenças do trato gastrintestinal com enfoque nas pesquisas experimentais e clínicas, visando novas abordagens e alvos terapêuticos no intuito de melhorar a qualidade de vida dos pacientes acometidos. Também podemos destacar como objetivos específicos:

1. Abordar os aspectos geral da inflamação trato gastrintestinal.

2. Promover atualizações nas bases fisiopatológicas da dor visceral e suas estratégias de modulação.

3. Demonstrar o papel do sistema nervoso entérico como moduladores intrínsecos da inflamação do trato gastrintestinal.

4. Debater as alterações funcionais e de motilidade causadas pelas doenças do trato gastrintestinal.

5. Abordar a relevância da imunomodulação e das alterações celulares nas doenças inflamatórias intestinais.

6. Apresentar novas abordagens terapêuticas para o tratamento das alterações inflamatórias e funcionais do trato gastrintestinal.

O referido evento está sendo proposto em sua 1ª edição. Nosso grupo de pesquisa com o apoio da Universidade Federal do Ceará e da CAPES já vem promovendo desde o ano de 2010 eventos Nacionais e Internacionais com abordagens multidisciplinares sempre o tema da inflamação gastrintestinal como uma das temáticas. Nessa oportunidade já podemos sediar uma Escola de Altos Estudos em 2010 que trouxe importantes pesquisadores internacionais como a Profa. Nicole Le Douarin (Professora Emérita do Collège de France) maior nome da Biologia do Desenvolvimento com mais de 400 artigos publicados nas melhores revistas internacionais. Além dos professores Richard L. Guerrant, Hans Clevers, Jean David, Tamara Lah Turnsek, Gregory Anderluh, Jorge Correia Pinto. A Escola aconteceu em dois momentos sendo primeiro na temática Biologia do Desenvolvimento, seguindo na temática Células Gliais na Patogênese de Tumores com a presença dos professores Geoffrey Pilkington, Portsmouth University, UK; Miguel Garcia Segura, Instituto Ramon Y Cajal, Madrid, Espanha e Rolf Mentlein, Department of Anatomy, University of Kiel. As atividades na temática inflamação gastrintestinal ganharam um grande reforço com a presença dos professores David Neil Criddle da University of Liverpool e do professor Daniel Sifrim da Queen Mary University of London. Esses dois últimos professores vieram através do Programa Ciência Sem Fronteiras com financiamento da CAPES, nessa oportunidade foi possível organizar dois importantes eventos que trataram da temática inflamação gastrintestinal, em especial, esofagites e pancreatites.

COMISSÃO ORGANIZADORA

COMISSÃO CIENTÍFICA

ARMENIO AGUIAR DOS SANTOS

CARLOS EDUARDO DA SILVA MONTEIRO

MARCELLUS HENRIQUE LOIOLA PONTE DE SOUZA

PEDRO MARCOS GOMES SOARES

PRISCILLA FERNANDA CAMPOS JUSTINO

* (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ)